quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ilicitudes nos combustíveis pautam reunião na Sulpetro



Preocupado com a onda de ilegalidades que assola o Rio Grande do Sul, o assessor especial do Gabinete dos Prefeitos Adeli Sell esteve reunido na manhã de ontem (15.05) com a direção do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro) e do Comitê Sul Brasileiro de Qualidade dos Combustíveis para tratar de medidas que combatam este crime.

“Nosso Estado está nas manchetes quase que semanalmente, sempre de forma muito negativa”, destacou Adeli, referindo-se às recentes fraudes envolvendo o leite e a questão ambiental. “Hoje o Estado está muito contaminado”, completou.

O encontro serviu para debater formas de combater a fraude e evitar que a falsificação de combustíveis e óleos lubrificantes venha trazer prejuízos ao município de Porto Alegre e ao Estado do Rio Grande do Sul. “O desafio de vencer a indústria da ilegalidade é bastante robusto e é preciso um conjunto de ações que passem pelo âmbito legislativo, policial, sanitário e de vigilância constante”, sustentou Adeli.

Álvaro Balbinot, presidente do Comitê, atualizou os demais sobre a dimensão do mercado de ilegalidades no País e as estratégias de enfrentamento e controle, além de reafirmar algumas medidas já existentes no combate aos ilícitos nos combustíveis. “Nosso papel é auxiliar o órgão público no combate a estes ilícitos. Avaliamos desde a qualidade do produto, até o prejuízo ambiental que ele pode estar ocasionando”, afirmou.

Mas a preocupação do Comitê não está apenas na defesa do consumidor, segundo informou Andréa Boamar, coordenadora da entidade no Estado. “A sonegação ainda é o nosso grande problema”, disse ela. “Precedido pelas vasão nas bombas”, completou.

Mercado ilegal
A pirataria, de acordo com dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), movimenta, em nível mundial, recursos da ordem de um trilhão de dólares, e as projeções futuras são bastante alarmantes. Estima-se que até 2015 o mercado das ilicitudes movimentará cerca de 1,7 trilhões de dólares impedindo a geração de aproximadamente 20 milhões de empregos formais nos 20 países mais ricos do mundo.

O Rio Grande do Sul perde em torno de R$ 44 milhões anualmente só de ICMS, e sofre com o mercado ilegal, especialmente com o contrabando, evasão fiscal e falsificação. Para discutir este tema, Adeli Sell está articulando um grande evento para os próximos meses. “Nossa ideia é reunir empresas e entidades que lutem pela construção de um consumidor legal. Queremos discutir atitudes e ações. Ações claras, contundentes e sem tergiversações. Só assim acabaremos com a bandidagem e o comércio ilegal no Estado e em Porto Alegre", ressaltou Adeli.

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