terça-feira, 26 de junho de 2012

Prefeitura deve aproveitar bom momento do Brasil e do Estado para investir em moradia popular

Conforme Frison, o governo gaúcho está realizando um mapeamento de terras públicas que podem ser destinadas a projetos de Habitação de Interesse Social
O PT/POA promoveu, na última sexta-feira (21), novo Almoço Temático, desta vez para debater políticas públicas para habitação na capital. Além da participação de profissionais e ativistas de movimentos sociais ligados à moradia popular, a reunião teve a presença do secretário de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano/RS, Marcel Frison, e do presidente da Federação Gaúcha das Associações de Moradores, Wilson Valério Lopes. Durante o encontro, o deputado estadual Adão Villaverde recolheu todas as sugestões encaminhadas e disse que “juntamente com o governos do Estado e governo federal, a prefeitura de Porto Alegre tem o dever de reverter o processo de exclusão e expulsão geográfica do centro dos porto-alegrenses com menor renda”.

Conforme Frison, o governo gaúcho está realizando uma mapeamento de terras públicas que podem ser destinadas a projetos de Habitação de Interesse Social, destinados a famílias com renda até três salários mínimos, e também um diagnóstico regional para saber em quais locais o problema é mais grave. “Este estudo revelou que o Rio Grande do Sul vive um novo fluxo migratório, semelhante ao ocorrido na década de 70, só que desta vez a capital não é o lugar mais procurado, perdendo para a Serra e alguns municípios da Região Metropolitana. A mudança é reflexo da precariedade das políticas de desenvolvimento urbano e econômico em Porto Alegre, apontou o secretário. Segundo Villaverde, que está percorrendo as vilas e bairros da cidade para conversar com os moradores, ouvir as reclamações, as sugestões para melhorar e constatar a realidade de cada local, a afirmação de Marcel Frison reforça o que ele tem visto. “A prefeitura está com déficit de serviços e obras e não está aproveitando o bom momento do Brasil e do Estado para firmar convênios, aderir a programas ou propor novas políticas de desenvolvimento urbano às esferas estadual e federal. É inadmissível que, com tantos recursos federais disponíveis para aplicação em saneamento, até hoje tenham crianças brincando no esgoto a céu aberto”, frisou Villa.

Obras estaduais em Porto Alegre
Marcel Frison revelou que o governo estadual está investindo R$ 107 milhões – captados via BNDES – na regularização fundiária e obras de saneamento em sete vilas/locais de Porto Alegre: Juliano Moreira, São Pedro, São Judas Tadeu, Dormênio/Pantanal, Morro Santa Tereza, Chácara das Bananeiras e Salvador França. “Somente do Morro Santa Tereza vamos fazer em quatro anos o que nunca foi realizado em todas as outras gestões, apontou, destacando o decreto do governador Tarso Genro reconhecendo o direito de moradia das famílias, as obras da CEEE, regularizando as ligações elétricas, e da Corsan, de canalização de água e esgoto. Com relação ao saneamento, o secretário confirmou o plano de duplicar o acesso dos gaúchos ao tratamento de esgoto. “Todo este trabalho vai ter reflexos em Porto Alegre, pois envolve as Bacias dos Rios Gravataí e Sinos, tendo consequência direta na qualidade da água bebida pelos porto-alegrenses”, adiantou.

Novo almoço
O presidente do PT/POA, vereador Adeli Sell, convidou todos para o próximo Almoço Temática, que acontecerá sexta-feira (29), na sede do partido, e debaterá o tema da Acessibilidade. Ele elogiou a qualidade do debate. “Este processo de construção coletiva de propostas para qualificar e desenvolver Porto Alegre tem sido uma experiência muito rica, que demonstra que a capital precisa de mudanças profundas”, avaliou.

Diálogos com Porto Alegre

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