sábado, 27 de agosto de 2011

"Mãos Amarradas" ganha memorial em Porto Alegre

A obra, da artista plástica Cristina Pozzobom,
faz parte de uma série de monumentos
semelhantes produzidos dentro
do projeto “Direito à Memória e à Verdade
O sargento Manoel Raymundo Soares, personagem principal do “Caso das Mãos Amarradas”, um dos episódios políticos de maior repercussão no Rio Grande do Sul durante o período da ditadura militar, foi eternizado nesta sexta-feira em memorial.

A inauguração do monumento ocorreu no Parque Marinha do Brasil e contou com a presença de diversas autoridades políticas, entre eles o vereador Adeli Sell, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e os presidentes da Assembleia Legislativa e Câmara Municipal, Adão Villaverde e Sofia Cavedon, respectivamente.

Foto: Sul 21
O ato, 45 anos depois da morte brutal, pontuou as atividades da Caravana da Anistia em Porto Alegre, em um esforço para que mortes como a de Soares não desapareçam na impunidade e no esquecimento. Vítima da ditadura, Soares foi preso, torturado e assassinado por agentes da repressão. O corpo do sargento foi encontrado em 24 de agosto de 1966 no Rio Jacuí com as mãos amarradas nas costas, e por este motivo o assassinato ficou conhecido como “O Caso das Mãos Amarradas”.

Cristina Pozzobom, artista plástica responsável pelo memorial, diz que o monumento busca ir além da homenagem artística, atuando também na preservação da memória. Para isso, os memoriais trazem informações sobre cada homenageado e sobre o período onde os crimes foram cometidos.

Por Tatiana Feldens, Assessoria do Vereador

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