quarta-feira, 8 de junho de 2011

Adeli reforça necessidade de discutir os perigos da Leishmaniose na cidade

Público acompanhou a palestra do Médico Veterinário
Dr. André da Fonseca
Foi um sucesso de público o I Seminário Gaúcho de Leishmaniose, realizado nesta quarta-feira (08/06), na Câmara Municipal de Porto Alegre. Promovido pelo Movimento Gaúcho de Defesa Animal (MGDA), com apoio do vereador Adeli Sell, o evento tinha por objetivo informar e capacitar profissionais da área da saúde sobre os perigos da doença.

A Leishmaniose, segundo Maria Luiza Nunes, coordenadora do MGDA, é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral. “Trata-se de uma zoonose comum ao cão e ao homem, transmitida pela picada de mosquitos flebotomíneos”, disse ela.

Maria ressalta que embora a maior parte dos casos ocarra nas regiões tropicais, atingindo estados do Nordeste e Norte do Brasil, a ideia do grupo é disseminar a informação e evitar que esta doença atinja Porto Alegre. Estudos mostram que o aumento do número de registros na Região Sudeste revela que todo o País corre risco de epidemias. O interior paulista tem assistido a um crescimento grande do número de casos. Em 1999, Araçatuba enfrentou uma epidemia. Birigui e Andradina também registraram alto número de casos da doença. Em 2003, Bauru passou a registrar a doença de forma endêmica.

Aqui no Estado, a prefeitura de São Borja decretou situação de emergência em março de 2009. Com a medida, a administração pode dispensar algumas exigências burocráticas para contratar veterinários e comprar medicamentos. Segundo levantamento da Secretaria Municipal da Saúde, foram registrados três casos da doença em humanos e 77 em cachorros.

“Em todas essas cidades ocorreram óbitos, e há o risco da doença chegar a grandes centros urbanos de forma endêmica. Nossa intenção é disseminar a informação, tornando nossos profissionais aptos a agir com a doença caso ela atinja nossa cidade”,  reforçou Adeli Sell.

O que é
A Leishmaniose é uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania sp. É transmitida pela picada do flebótomo, também conhecido por mosquito palha. Acomete humanos, especialmente aqueles imunosuprimidos, crianças e idosos, e animais (mamíferos, roedores e aves).

Sintomas em humanos
As leishmanias danificam o baço, o fígado e a medula óssea. A pessoa pode apresentar febre, tremores violentos, diarréia, suores, mal estar, fadiga, hepatoesplenomegália, anemia, leucopenia e por vezes manifestações cutâneas como úlceras e zonas de pele escura principalmente em adultos.

Sintomas em animais
A leishmaniose apresenta sinais de emagrecimento progressivo, aumento do baço e fígado, crescimento exagerado das unhas e ferimentos na pele. Doenças de pele como a sarna negra podem ser confundidas com a forma cutânea do calazar. Por iss, apenas com exames laboratoriais é possível diagnosticar a leishmaniose.

Diagnóstico
Existem dois tipos de exames laboratoriais para diagnosticar a leishmaniose:
1. sorológico – que determina se existem anticorpos no organismo.
2. parasitológico – que constata a presença do protozoário

Por Tatiana Feldens (reg. prof. 13654)
Gabinete do Vereador Adeli Sell

Um comentário:

Simone Beneti disse...

Parabens pela iniciativa. Este é um assunto que deveria ser discutido antes da doença se instalar na região. Não adianta esperar muito do governo nesse assunto. É necessario a iniciativa de ONGs e pessoas de boa vontade como o caro vereador. É preciso tambem acreditar que a doença não se extinguira, portanto devemos tomar medidas preventivas a longo praço como por exemplo a vacinação de cães e controle do vetor.