quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mídias sociais são pouco influentes no Brasil, mostra pesquisa

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
Apesar de todo os frisson em torno das mídias sociais, no Brasil elas ainda são muito pouco influentes, servindo mais como uma caixa de "ressonância" ao repercutir notícias geradas pela mídia tradicional.
Uma pesquisa inédita da agência JWT, a ser divulgada nesta tarde durante a Social Media Week e antecipada para a Folha.com, mostra que as mídias sociais (blogs, Twitter, Facebook, Orkut e afins) são "totalmente" pautadas pela mídia tradicional. A mídia tradicional, por sua vez, é "pouquíssimo" pautada pelas mídias sociais --e, em especial, pelos blogueiros independentes.
"A maioria esmagadora do que se fala em mídias sociais é de caráter pessoal. E os blogs independentes, que nos EUA geram conteúdo original que pauta a mídia tradicional, são muito pouco relevantes no Brasil", diz o vice-presidente de planejamento da JWT, Ken Fujioka.
Para elaborar a pesquisa, a JWT realizou entrevistas e analisou o arquivo das reportagens de 2010 do "Jornal Nacional" e das revistas "Época" e "Veja". Foram analisadas 7.418 matérias. Nas mídias sociais, foram analisadas as ferramentas Google Trends, Google Em Tempo Real e os relatórios de assuntos populares divulgados no final do ano pelo Twitter e pelo Facebook.
O estudo, diz Fujioka, aponta para algumas hipóteses sobre porque as mídias tradicionais, em especial os blogs independentes, são tão pouco influentes no Brasil. "Quanto mais fragmentada a audiência, mais propício é o ambiente para que os blogs sejam influentes. E no Brasil a internet é muito concentrada."
Os sete principais portais brasileiros (UOL, Terra, iG, Globo.com, Google, YouTube e Orkut) concentram 75% de todos os pageviews do Brasil, segundo o Ibope.
"A concentração é resultado da competência desses portais. Eles ensinaram o brasileiro a navegar e souberam manter o tráfego."
Ao concentrar o tráfego, os portais atraem investimentos e competência técnica. "Os blogueiros que fazem sucesso no Brasil acabam sendo absorvidos pelos portais", diz Fujioka. "E eles vão contentes pois os portais têm um modelo de negócio que funciona."
Em sua segunda edição, o Social Media Week é um fórum de discussão e debates sobres as tendências no universo das mídias sociais. O evento acontece durante toda a semana na faculdade FAAP, em São Paulo. A semana é realizada simultaneamente em outras oito cidades, nos EUA, Europa e Ásia. A transmissão ao vivo do evento pode ser acompanhada no site: https://webmail.camarapoa.rs.gov.br/owa/redir.aspx?C=54824bd292c7414da4548e6afca32091&URL=http%3a%2f%2fsmw.oi.com.br%2f.

2 comentários:

JÚLIO GARCIA disse...

Não sei não. Acho que essa pesquisa foi encomandada pelo PiG, que cada vez perde mais espaço e crédito! O que nós estamos vendo é exatamente o contrário disso.
Abraço!

*PiG: Partido da Imprensa Golpista, da qual a Folha faz parte...

CENTRO DE REFERÊNCIA disse...

Só que faltava...
esperar que os grandes meios de comunicação confessem sua derrocada?

Ainda mais o JN, Epoca e Veja.
Basta ver as tiragens atuais de jornais e revistas para interpretar essa realidade, cada vez mais a informação migra para a Web e se espalha pelas redes sociais.

Os antigos saraus, são comunidades do Facebook/Orkut.

As conversas de Barzinhos migraram para o msn

Os velhos jornais, se transformaram em panfletos e revistas que acabam no chão do canil....